Wednesday, November 29, 2006


O saber judaico

Minha filha vem me pedindo para fazer o Bat Mitzvá, para quem não sabe é a confirmação da fé judaica feita entre os onze, doze anos.
Como judia errante falo a ela que talvez não consiga realizar devido estarmos morando em Campo Bom e que seria uma grande empreitada em termos financeiros e sociais para estarmos em Porto Alegre e o mais grave o social com a sociedade judaica, que não conheço ninguém. Assim sendo estou eu com a incubência de passar o pouco do meu saber judaico tanto de fé como cultura judaica a uma menina de onze anos.
Estamos nos duas lá em casa lendo e vendo tudo que posso dentro da idade dela sobre judaismo e é óbvio que acabo passando dos limites da fé e do saber entro no caminho das personalidades judaicas, da tradição da história oral e o mais importante o sentimento e emoção de uma filha de judeu perseguido pela religião, sobrenome e o exilio num pais da America Latina, sim a minha história, a do meu pai, a do respeito da minha mãe pela religião do meu, e também o sincretismo religioso que todos nos vivemos neste país chamado Brasil.
Ultimamente tenho lido Nilton Bonder, vai saber nê Ingrid que sempre o leu, o famoso rabino que conseguiu falar de judaismo de forma mais ampla e fácil e fez alguns dos livros sobre judaismo serem lidos por judeus e o melhor não judeus também. Não li os famosos cabala do dinheiro e etc... Leio um que fala sobre "A arte de se salvar", são ensinamentos judaicos sobre o limite do fim e da tristeza, sim como boa judia o tema da morte nos é especial e falado.
A morte e a culpa são temas que judeus adoram falar, sentir, escrever, filmar e assim por diante. E nessa linha de pensamentos que hoje tiro um trecho do livro do Nilton que tem lá sua verdade que me agrada e sua religiosidade que por vezes me desagrada mas bom ensinamentos são feitos disso nê, algo que gosta e algo que não se gosta e de tudo se tira proveito para a vida, no caso a minha vida . e o ser mãe judia, função que tento desempenhar com humildade e sabedoria no meu limite sempre.

O mundo da Verdade e o mundo do Amor devem estar constantemente se acasalando e preservando uma relação não hierárquica. Toda vez que o Amor buscar controle sobre a verdade- o particular sobre o todo - , estaremos agindo de forma ilusória e assumindo todos os custos dessa atitude. Toda vez que a Verdade tentar suprimir o Amor - é o "todo" subjugar o "particular"- estará nos colocando diante do desespero e do cinismo.

O cinismo é, muitas vezes, tido como um antídoto contra o desespero. Trata-se, porém, de uma noção falsa. O cinismo produz uma sensação momentânea de que se está para além da realidade, como se estivéssemos falando de um mundo na terceira pessoa e não na primeira. Avesso à dor, o cínico mais cedo ou mais tarde terá de subir à tona de sua própria existência ou se asfixiar nesse distanciamento de si mesmo. O seu grande problema é que na superfície do mundo para si não há oxigênio, mas desespero.

Assim sendo, a estética de um "lugar certo" não é a experiência de quando tudo vai bem ou sob controle, mas a possibilidade de vivermos integralmente o que se nos apresenta num dado instante.É, portanto, o ponto constante e permanente onde a fé e a esperança nos encontram, onde quer que estejamos. Uma estética muito distinta, portanto, daquela que identifica o "o lugar certo" como a posição no futuro, onde o "todo" se adequará ao "particular."

São só três paragrafos que falam dos temas que eu adoro Amor, Fé, Verdade e de quebra fala do cinismo, depois de muitos anos percebi e constatei que sou o que sou devido às minhas escolhas, são elas que me fazem sendo assim por meio deste blog de hoje peço as pessoas que decidiram por suas escolhas não me ter mais em suas vidas, pois quem ama cuida, por favor não tentem entrar em contato comigo, eu sigo vivendo com a dor e a lembrança dos que estão em estado de mortos vivos nas minhas lembranças, nesta minha vida escolha dele, dela ou escolha minha.
Sendo assim vamos tentar ser felizes cada um no seu espaço de tempo, aquele lugar certo que cada um de nós escolheu. Não preciso falar nomes pois vc e vcs bem sabem quem estão me procurando. Por favor os amigos que lerem isso não se sintam ofendidos foi a minha maneira de dar o recado a quem hoje é ex amigo, ex namorado, ex amiga....... FUI com fé do lugar certo que fiz hoje as minhas escolhas. Na minha cabeça hoje é assim as minhas escolhas: Estar só hoje, morar com a Valci, ter uma filha e criar essa filha, morar em campo bom, ser sócia da Jeane e lutar todos os dias para ter mais dias felizes que tristes na minha vida, na minha escolha, sendo assim quem me procura depois de me dispensar tente ser feliz com a sua escolha e me erraaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!!

1 comment:

Alexandre said...

Ui. Gostei do tom.
Espero que eu não esteja incluído neste gupo, esteja no outro, o dos leoninos que foram assim criados para o mostrar a beleza do mundo, das escolhas e das diferenças. Mas este grupo, tem tb a difícil tarefa de entender que este belo mundo não é de sua posse, mas sim de Deus. E este grupo, quando deixa o Orgulho chegar, perde cada pedacinho do mundo que outrora ostentava. Somos todos loucos, aventureiros, leais, super-protetores em nossos reinos paralelos, amorosos e não rancorosos. É uma grande tarefa para mim. Neste momento tb passo por situações semelhantes as que vos descreveu. Estou desesperadamente lutando para aceitar o outro como ele é e a perdoá-lo, quantas vezes for necessário, mas sei que é difícil! O mundo é dificil. Mas dele, deste belo mundo de meu Deus, ficamos com a certeza de evoluir apenas por 2 caminhos: pelo amor ou pela dor. A escolha é nossa! Todos concordamos que é melhor crescer pelo amor, mas quando de nossos deslizes, crescemos pela dor, aprendemos pela diversidade e, sempre, sempre, retomamos o caminho do amor. Apenas ame. O resto virá por consequencia. Beijo.